Há trinta anos, mudança de regra fez os goleiros ganharem novas funções

Em 1992, a Dinamarca surpreendeu o mundo do futebol ao conquistar a Eurocopa. A seleção nem havia se classificado para o torneio, mas herdou a vaga da antiga Iugoslávia, impedida de atuar na competição por causa da guerra civil no país. Na decisão, os dinamarqueses derrotaram a poderosa Alemanha, então campeã mundial, por 2 a 0.

Em cinco jogos naquele campeonato, a equipe dinamarquesa marcou seis gols. Não era um time que fazia jus ao apelido pelo qual era conhecida, a “Dinamáquina”. Era uma equipe sólida, que evitava riscos. Tanto que, na final, recuou a bola para o goleiro Peter Schmeichel cinco vezes nos dois primeiros minutos, tamanha a sua cautela de atacar os alemães.

Pouco mais de um mês após o fim da Euro, seria a vez de a Espanha festejar um título, a medalha de ouro em casa, nos Jogos Olímpicos de Barcelona. O esquadrão espanhol, que entre outros nomes contava com Pep Guardiola em seu meio de campo, marcou 14 gols em seis jogos, 2,3 gol por partida, quase o dobro da média da Dinamarca na Euro, 1,2.