Uma mulher de 44 anos precisou se mudar do Brasil por medo das ameaças de morte que recebeu do ex-companheiro, de 56, em Trindade. O relacionamento deles terminou há três anos, mas, mesmo assim, o suspeito continuava a perseguir e ameaçar a mulher. Nesta terça-feira (24), a Polícia Civil cumpriu mandado de prisão preventiva contra o homem.
De acordo com as investigações, o casal teve um relacionamento de mais de 20 anos em que, inclusive, tiveram filhos. No entanto, desde o início, o homem apresentou comportamento agressivo, que assustava a mulher.
A delegada do caso, Cássia Borges, diz que a vítima passou por inúmeras situações de violência durante o relacionamento e, por isso, tentava se separar do homem, mas tinha medo das consequências. A própria mulher contou que, enquanto ainda estavam juntos, o homem chegou a acordá-la com uma arma apontada para o rosto, dizendo que, se ela o traísse, ele a mataria.
Há mais ou menos três anos, a vítima conseguiu por fim na relação. Mas, como consequência, passou a ser perseguida pelo ex. Assustada, ela optou por se mudar do país.
“Depois do fim do relacionamento, houve um episódio em que ele pegou uma faca e disse que ia se matar se ela não voltasse para ele”, disse a delegada.
Novas ameaças de morte
Depois de aproximadamente dois anos vivendo fora do Brasil, a mulher voltou a Trindade e iniciou um novo relacionamento, com um rapaz mais jovem. A novidade causou a fúria do ex-companheiro, que voltou a ameaçá-la de morte.
Neste último episódio de violência, o homem enviou mensagens de texto e áudio para terceiros, dizendo que mataria a ex-companheira e o atual namorado dela.
A vítima, abalada emocionalmente, pediu medidas protetivas, que foram concedidas. Além disso, a polícia conseguiu, através do Poder Judiciário, um mandado de prisão preventiva contra o sujeito.
Fez “no calor do momento”
Depois de preso, o homem confessou os crimes, mas alegou que os cometeu ‘no calor do momento’. Segundo o suspeito, ele ficou muito revoltado com o novo relacionamento da ex-companheira, por se tratar de um homem mais jovem e que ele conhecia.
A delegada detalhou ainda que o homem disse que não tinha a verdadeira intenção de matar ninguém, nem a si mesmo. Mesmo assim, deverá responder pelo crime de violência psicológica.