A lista de sintomas associados à Covid-19 é extensa e estudos têm mostrado que o vírus pode continuar a afetar o organismo por meses após a infecção. A queda de cabelo tem sido apontada como uma das consequências da doença, afetando cerca de um em cada cinco pacientes que contraíram o coronavírus, independentemente da gravidade do quadro.
De acordo com o médico tricologista Adriano Almeida, da Sociedade Brasileira do Cabelo, a perda capilar decorrente da Covid-19 é conhecida como eflúvio telógeno, que é a queda precoce dos fios em fase de crescimento. Isso ocorre devido a uma disritmia no ciclo do cabelo, que consiste em três fases: anágena (crescimento), catágena (permanência) e telógena (queda). Após a infecção, o ciclo acelera e os fios caem em diferentes tamanhos e de maneira acentuada, o que pode levar à perda de até 30% ou 40% dos cabelos em poucos dias ou meses.
Embora a queda de cabelo decorrente da Covid-19 possa afetar pacientes de todas as idades e ambos os sexos, as mulheres tendem a procurar ajuda médica com mais rapidez, facilitando o tratamento. É importante diagnosticar e tratar a condição precocemente, pois pode levar meses ou até anos para que o cabelo se recupere completamente. O tempo médio para melhora é de três a seis meses.
A perda de cabelo após a Covid pode ser tratada e revertida se detectada precocemente. O tratamento pode incluir uma combinação de várias técnicas, como medicamentos orais, exames para detectar deficiências de vitaminas ou fototerapia com laser, que ajuda a oxigenar os folículos capilares. A queda de cabelo pode ocorrer vários meses após a recuperação da doença e afeta todo o couro cabeludo, com perda aguda de cabelo.