A Polícia Civil de Goiás prendeu J.C.S.F, de 37 anos, na segunda-feira (28), como suspeito de falsificar e vender uma cachaça adocicada para distribuidoras de bebidas, em Goiânia (GO). Na residência dele foram encontrados maquinários utilizados na produção e engarrafamento do produto. O suspeito já foi preso em flagrante pela Polícia Militar no mesmo local onde, em 2018, foi preso pelo mesmo crime. Ele respondia em liberdade até a Polícia Civil ser notificada da reincidência do delito e ser preso novamente com autorização da Justiça.
O suspeito trabalhou em uma fábrica de cachaças em Goiânia até 2018. A partir da saída formal do emprego, o homem começou a falsificar a mesma cachaça adocicada produzida na empresa em que trabalhou. Para vender as bebidas, se passava por funcionário da fábrica.
O delegado responsável pela prisão de segunda-feira (28), Frederico Maciel, da Delegacia de Repressão a Crimes contra o Consumidor (Decon), chegou à casa do suspeito para efetuar a prisão com autorização judicial e encontrou, desta vez, apenas o maquinário. No entanto, o acusado confessou reincidir na produção clandestina da bebida desde que foi solto em 2018. Nesse período de um ano, o suspeito respondia pelo crime em liberdade.
Maciel investigou o caso por meses e juntou as filmagens necessárias para solicitar a prisão preventiva na Justiça. “Com base nos documentos que juntamos, onde ele permanecia na falsificação e venda da bebida, pedimos a prisão preventiva, aceita pelo Judiciário”, relata o delegado.
O produto era vendido geralmente para distribuidoras de bebidas em Aparecida de Goiânia e Goiânia, segundo o delegado. “Fizemos imagens dele vendendo um lote da bebida para uma distribuidora no Parque Anhanguera. Os compradores acreditavam nele porque achavam que ele ainda trabalhava na empresa. Então comprava como se fosse original”, esclarece Maciel.
Agora o suspeito aguarda a audiência de custódia, que pode decidir pela liberdade ou soltura. “O fato dele ser reincidente e ter sido preso com autorização da Justiça, acredito que torne mais difícil a soltura do custodiado”, sublinha o delegado.