Moradores do Jardim Goiás se mobilizam contra instalação de pit-dog

Moradores de dois condomínios localizados na Avenida E, no Jardim Goiás (região sul de Goiânia), mobilizam-se para impedir a construção de um pit-dog na esquina da avenida E com a rua 61. Eles reclamam que deveriam ter sido consultados a respeito da abertura do estabelecimento, que está em obras.

De acordo com o servidor federal aposentado Flávio Borges, que faz parte do protesto, os condôminos já pediram à Justiça que suspenda as obras em caráter liminar. Também pediram apoio ao Ministério Público.

Além da suposta falta de assinaturas de moradores locais no abaixo assinado, que é obrigatório para instalação de pit-dogs, o argumento é de que o estabelecimento pode gerar barulho e está localizado há poucos metros das janelas dos prédios.

Flávio Borges também diz que o espaço destinado ao estabelecimento é muito pequeno, o que pode gerar ocupação da calçada por parte dos clientes. “Sem contar o mau cheiro, fumaça, barulho e até maior possibilidade de assalto”, afirma ele. “Aguardamos o posicionamento da Justiça em relação a isso. Não fomos consultados”.

Pit-dogs
O presidente do Sindicato dos Pit-Dogs, Ademildo Godoy, explica que esse tipo de estabelecimento é tombado como patrimônio da cidade. Ainda assim, os permissionários somente ganham autorização de forma precária para uso e seguem diretrizes que são estabelecidas pela prefeitura.

Ademildo diz desconhecer o caso específico do pit-dog da Avenida E, já que a prefeitura não é obrigada a notificar ao sindicato a respeito de cada licença concedida, mas pondera que a população em geral gosta e aceita os estabelecimentos – embora possam causar descontentamento por diversas razões, inclusive comerciais.

Corre desde 2017 ação civil pública, movida pelo Ministério Público, que questiona o modelo de autorização das áreas públicas aos permissionários de pit-dogs. Na quarta-feira (29) houve reunião entre as partes. Segundo Ademildo, o poder público entende que o momento não é de fechar o cerco, pois a crise econômica já atinge de forma grave os trabalhadores do setor, que teve queda de mais de 45% no faturamento desde o início da pandemia de covid-19 em Goiás.