O município de Rio Verde, a cerca de 230 km de Goiânia, registrou 10.053 casos de coronavírus nesta terça-feira (11). Os dados foram divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde da cidade. Existem ainda 112 casos suspeitos e 147 óbitos. De acordo com a pasta, 9.003 pessoas se recuperaram, o que representa 89,6% das pessoas atingidas pela doença.
A cidade ocupa atualmente o terceiro lugar em número de casos no estado, perdendo apenas para a capital e para Aparecida de Goiânia. O número de casos deu um salto depois que a prefeitura realizou uma testagem em massa em junho.
O trabalho foi realizado nas sete maiores indústrias do município e o resultado foi a detecção de muitos casos entre os trabalhadores. Somente no dia 8 de junho o número de confirmações na cidade pulou de 641 para 1.910.
Curva epidêmica estável
Apesar da grande quantidade de casos, o Paço Municipal afirma que o número está dentro do esperado. Em entrevista ao Mais Goiás, o médico e coordenador do Centro de Operações de Emergência e Saúde de Rio Verde (Coes) Wellington Soares Carrijo Filho, afirmou que não houve um grande aumento no último período.
Wellington disse também que o município realizou muitos testes na população e que uma nova testagem em massa está programada. “No dia 21 de julho nós tínhamos 8.288 casos”, disse o médico. “Não houve um grande salto no número de casos. Nós realizamos o teste RT PCR em 10% da população da cidade e iremos realizar uma nova testagem em massa, com a utilização do aplicativo ‘Dados do Bem’, do governo do estado. Com esses novos testes, a tendência é que o número de casos aumente”.
Coronavírus em Rio Verde
O médico ressaltou ainda que o município segue a nota técnica produzida pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e que Rio Verde já está no platô da curva epidêmica.
“O número de óbitos registrados acompanha o que a nota técnica da universidade previa. Estamos hoje com 147 mortes na cidade e a previsão da UFG é de que chegaríamos até 155 no dia 15 de agosto. A curva de casos também está estável”.
“Estamos no platô da curva há mais de um mês e meio”, continua. “Entramos no pico da doença antes do restante do estado. O número de atendimentos nos prontos socorros está estável e a taxa de ocupação dos leitos está caindo. Na enfermaria pública, estamos em 21,4% e nas UTIs públicas estamos em 30,7%. Nos leitos privados o percentual está maior, porque não houve investimento para ampliação. Estamos com 78% na enfermaria e 88% nas UTIs”, concluiu.