O preço médio de venda de imóveis residenciais encerrou 2020 com uma alta acumulada de 3,7%, a maior nos últimos seis anos, segundo dados divulgados nesta terça-feira (5), pelo índice FipeZap.
Apesar de um crescimento maior, a alta ainda deve ser menor do que a inflação esperada para o ano. A expectativa é que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), medido pelo IBGE, feche 2020 em 4,38%. Caso esse dado se confirme, a desvalorização dos imóveis no ano passado terá sido de 0,66%.
Desde 2014, último ano antes do aprofundamento da crise econômica, não se registrava um aumento de preços como em 2020. Naquele ano, o crescimento foi de 6,7%. Depois disso, o valor se manteve praticamente constante em alguns anos e, em outros, houve até baixas.
Preço de venda e locação de imóveis comerciais cai em novembro
Para esse aumento anual colaborou o mês de dezembro, que teve alta de 0,47%, segundo os novos números do Fipezap. A variação também deve ficar abaixo da inflação esperada para o mês.
O Índice FipeZap acompanha o comportamento do preço médio de venda de imóveis residenciais em 50 cidades. À exceção de Recife, onde o preço médio de venda residencial apresentou queda de 0,38% no ano, as demais capitais monitoradas registraram avanço, destacando-se Brasília (+9,13%), Manaus (+8,76%) e Curitiba (+8,10%).
Em São Paulo e no Rio de Janeiro, os preços médios de venda do segmento residencial encerraram o ano com altas acumuladas de 3,79% e 1,60%, respectivamente.
O preço médio calculado em dezembro de 2020 foi de R$ 7.487/m². As capitais monitoradas que registraram o preço de venda mais elevado no último mês foram: Rio de Janeiro (R$ 9.437/m²), São Paulo (R$ 9.329/m²) e Brasília (R$ 7.985/m²).
Já entre as capitais monitoradas com menor valor médio de venda residencial por metro quadrado, no último mês, destacaram-se: Campo Grande (R$ 4.376/m²), Goiânia (R$ 4.483/m²) e João Pessoa (R$ 4.515/m²).