O Ministério Público do Distrito Federal pediu à Secretaria de Saúde local que ela esclareça se há pessoas que não integram os grupos prioritários e que teriam recebido doses do imunizante CoronaVac.
O Ministério Público recebeu a denúncia de que isso estaria ocorrendo na quarta-feira (20) e deu 48 horas para a secretaria se manifestar.
“O DF recebeu pouco mais de 106 mil doses, que são destinadas, exclusivamente, num primeiro momento, para aqueles que atendem direto nos hospitais pacientes infectados com o coronavírus. Chegou a nós uma denúncia de que outras pessoas estariam sendo vacinadas também. Nós requisitamos que a secretaria nos informe, imediatamente, quais são essas pessoas”, afirmou o o procurador de Justiça José Eduardo Sabo, coordenador da força-tarefa de enfrentamento à covid-19.
Sabo observa que “tal situação, uma vez comprovada, além de representar violação ética inaceitável, importa em grave descumprimento da legislação, com inevitáveis consequências nas esferas administrativa e penal para os autores e beneficiários indevidos da medida”.
As primeiras doses são destinadas a médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e outras categorias profissionais ligadas à saúde que lidam diretamente com pacientes infectados pelo coronavírus. De acordo com o Plano Operacional de Vacinação Contra a Covid-19 no DF, nesta primeira etapa, também devem receber o imunizante indígenas, além de idosos, deficientes e cuidadores de instituições de acolhimento.