O ex-prefeito de Luziânia, Cristóvão Vaz Tormin, é alvo de mais uma ação de improbidade administrativa do Ministério Público de Goiás (MP-GO). De acordo com o órgão, o ex-gestor manteve em situação de nepotismo uma servidora comissionada que era esposa de um aliado político. O MP-GO também solicitou à justiça o bloqueio de bens no valor de R$ 889 mil e uma indenização por danos morais coletivos de R$ 500 mil.
De acordo com os autos, Juliana Gomes Moreira Araújo foi nomeada como assessora executiva do gabinete do prefeito em março de 2013. Ela ficou no cargo até fevereiro de 2019, quando foi exonerada e recontratada no mesmo dia assessora na Secretaria Municipal de Segurança e Cidadania.
Segundo o MP-GO, Juliana é casada com Aldenor Gomes, aliado político do então prefeito. Ele chegou a ser nomeado como secretário extraordinário em 2017 e era vice-presidente da Câmara Municipal de Vereadores da cidade na época da segunda nomeação da esposa.
Durante as investigações, um representante do MP-GO foi até os locais onde ela era lotada e não a encontrou. Além disso, depoimentos prestados apontam que, apesar de estar lotada na prefeitura, Juliana coordenava uma empresa privada responsável por prestar serviços de limpeza para o município.
De acordo com o órgão, ela estava em “evidente situação de desvio de função” e o prefeito nomeava apadrinhados em troca de apoio político. “[…]percebe-se que a intenção de Cristóvão Tormin era a de nomear apadrinhados de agentes políticos da municipalidade, em especial de parlamentares, – porquanto o caso de Juliana não foi algo isolado –, como forma de ‘moeda de troca’ de apoio político, sob a escusa de inexistência de subordinação técnica/jurídica entre o nomeado e seu parente”.
O Mais Goiás não conseguiu localizar a defesa de Cristóvão para comentar o caso. O espaço está aberto para manifestação.