Mesmo com o fim da epidemia da doença, a febre amarela continua causando mortes no Sudeste e no Sul do país. De acordo com o informe epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (17), o Brasil registrou 14 mortes este ano, sendo 12 em São Paulo, 1 no Paraná e 1 em Santa Catarina.
São 84 casos confirmados desde o início do ano, todos nessas regiões. No ano passado, no mesmo período, foram 1.309 ocorrências.
A maioria dos casos foi registrada em São Paulo (68) e os demais no Paraná (13) e em Santa Catarina (1). O primeiro caso confirmado de febre amarela em Santa Catarina ocorreu em março deste ano.
A maior parte das vítimas eram trabalhadores rurais ou pessoas expostas a áreas silvestres, onde os mosquitos transmissores atuam. O Ministério ainda informou que 73 (89%) eram homens com idades entre 8 e 87 anos.
Ainda há 286 casos em investigação não apenas em São Paulo, Paraná e Santa Catarina, mas também em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Bahia, Ceará, Sergipe, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia e Distrito Federal.
A vacina contra a febre amarela é recomendada em todo o território nacional e está disponível pelo SUS (Sistema Único de Saúde) o ano inteiro.
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O imunizante, oferecido em dose única, não é indicado para crianças menores de 9 meses, gestantes, mulheres amamentando crianças com até 6 meses e pacientes com imunodepressão, como câncer, HIV, tratamento com drogas imunossupressoras (corticosteroides, quimioterapia, radioterapia, imunomoduladores) e submetidas a transplante de órgãos.