Bolsonaro diz que ainda é cedo para decidir sobre adiamento do Enem

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, ao deixar o Palácio da Alvorada na manhã desta quarta-feira (20), que prefere esperar mais algum tempo para que se tome a decisão se ocorrerá ou não o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) neste ano.

Ao conversar com uma apoiadora que se disse arquiteta e que afirmou que fará a prova do Enem, Bolsonaro perguntou se ela era favorável ou não ao adiamento. Ela disse sim e ele devolveu: “Adiar para quando? Porque depois que adia não se sabe quando vai ser… Tem pedido da Câmara, do presidente da Câmara, tem parlamentar que quer adiar, outros não querem. Vamos esperar um pouco mais, é muito cedo. Estamos em maio e a prova será em novembro”, opinou.

Pelo calendário atual do Ministério da Educação, os estudantes de todo o país têm até sexta-feira (22) para fazer a inscrição para as provas.

Pouco antes, ele afirmou que muita coisa já foi feita de bom pela educação em seu governo. “Não à toa que o ministro da educação [Abraham Weintraub] é um dos mais atacado pela imprensa. Sinal de que ele está fazendo a coisa certa.”

A transmissão ao vivo foi bem curta nesta quarta-feira. Os dez minutos que duraram o vídeo não tiveram participação da imprensa e o presidente falou pouco.

Adiamento do Enem

O Senado Federal aprovou nesta terça-feira (19), por 75 votos a 1, o adiamento do Enem 2020 devido à pandemia do novo coronavírus.

A proposta foi apresentada pela senadora Daniella Ribeiro (PP-PB) e seguirá para a Câmara e poderá sofrer alterações.

No texto do PL (Projeto de Lei) 1.277/2020, a senadora pede a prorrogação automática de prazos para provas, exames e demais atividades para acesso ao ensino superior sempre que houver reconhecimento de estado de calamidade pelo Congresso Nacional ou de comprometimento do funcionamento regular das instituições de ensino do país.

O Enem tradicional em papel seria aplicado nos dias 1º e 8 de novembro e as provas digitais nos dias 22 e 29 do mesmo mês.