Ator e apresentador do Se Joga (Globo), Érico Brás disse que parte do público avaliava os apresentadores com preconceito nas redes sociais e que isso contribuiu para os números baixos de audiência. O Se Joga saiu do ar em março. Érico apresentava ao lado de Fernanda Gentil e Fabiana Karla.
“Foi a maior pressão da minha carreira com certeza. Era algo que eu nunca tinha feito. Meu olhar era de menino olhando para aquilo e dizendo que eu sabia fazer, só que quando ligava a câmera era pressão”, relembrou Érico Brás em entrevista a Fábio Porchat por meio de live.
Segundo Érico Brás, era difícil entender as quedas de ibope. “Eu não entendia. Que povo miserável que está falando mal antes mesmo de ver o programa. A gente estreou, perdemos em algumas cidades, em São Paulo perdendo e perdendo. Então ganhávamos uma. Mas no resto do Brasil o pessoal gostava. Só depois consegui relaxar.
A atração demorou para achar um formato e foi se adaptando no dia a dia. Érico Brás lembra que ele, Fernanda e Fabiana batiam bola diariamente para melhorar e para construir conteúdo. Só que eles percebiam que rolara discriminação pelas redes sociais.
“Nós três temos autocobrança e isso depois fui olhar que era pela diversidade do programa. Tinha eu, o negro, tinha a gordinha nordestina e a jornalista casada com uma mulher. As cobranças em cima das três imagens nas redes sociais vinham forte. Diziam para tirar um e deixar só dois, diziam que o sotaque era pesado, não criticavam o formato”, comentou Érico Brás.
Ao longo do tempo em que o Se Joga ficou no ar, Érico Brás diz que, apesar das dificuldades, conseguiu juntar uma legião de fãs.
“O grande barato era entender que tinha público naquele horário que esperava a gente. A Globo demorou para colocar a gente no ar, era para termos entrado logo. A emissora colocava Sessão da Tarde, então perdemos algumas pessoas. Era o carinho que me alimentava quando vinham as pedradas das redes sociais”, disse Érico Brás.