Raphael Bezerra
A 188 km da Capital, Valpa-
raíso disputa, com três princi-
pais lideranças, as eleições mu-
nicipais deste ano. A base do
governador Ronaldo Caiado
(DEM) na região garantiu um
consenso em torno do verea-
dor Elvis Santos (Solidarieda-
de). A articulação não foi feita
por Caiado ou por aliados do
Palácio das Esmeraldas, o ob-
jetivo é mostrar ao governador
a união na região para en-
frentar a deputada estadual
Lêda Borges (PSDB) e o atual
prefeito Pábio Mossoró (MDB).
O presidente do DEM na região,
Cassiano Franco, busca ainda
absorver outras candidaturas
menores em apoio à base do
governador.
O grupo formado em tor-
no de Elvis contra com o De-
mocratas de Caiado, o PTC,
Pros, PMB e o Patriotas, além
do SD de Elvis. O vereador é
o único pré-candidato da re-
gião que apoiou o governador
nas eleições de 2018, Pábio e
Lêda estiveram com Marconi
Perillo e companhia, en-
quanto o pré-candidato pelo
PP, Afrânio Pimentel apoiou
Grupo aguarda o apolo de Calado para disputar as eleições
Daniel Vilela. “O governador
não se manifestou ainda em
nenhuma cidade e está aguar-
dando as definições da pró-
pria base. Isso é natural, pois
ele não irá interferir e tam-
bém não acumula esse des-
gaste de escolher um lado.
Nosso trabalho respeitou
muito a base no município e
acredito que não teremos dificuldade de angariar esse
apoio”, aponta Elvis.
Lêda Borges tem grande
interesse em enfrentar o atual
prefeito que trocou o PSDB
pelo MDB após articulação
de Daniel Vilela. Entretanto, a
deputada não tem sinalizado
para a sua pré-candidatura e
perdeu uma parte da base do
PSDB na região. Sobretudo,Lêda tem aparecido bem nas
pesquisas à frente de todos os
pré-candidatos.
Pábio Mossoró (MDB), for-
mou uma boa aliança política.
Apesar dos desgastes enfren-
tado ao longo do mandato, ele
conquistou um bom capital
politico com os empresários.
Pábio deve contar como apoio
do deputado federal Célio Sil-
veira(PSDB), que como mos-
trado pelo O Hoje na edição do
fim de semana, é um dos prin-
cipais articuladores de uma
“Frente pelo Entorno” que está
de olho em 2022. “Pábio vai ser
eleito e vai ganhar outro so-
brenome, o de Pábio Valparaí-
so. Ele é simples, não briga
com ninguém e não age como
coronel. Tem identidade com a
cidade e joga para a sociedade,
não para grupinhos”, diz Célio.
PP, que disputará com
Afrânio pode não receber o
apoio do governador, apesar
de ser uma partido da base.
Na região, especula-se que o
Palácio das Esmeraldas tema
uma crescente da sigla com a
movimentação do presidente
do partido, ex-deputado fe-
deral Alexandre Baldy.
A pré-candidata a prefeita
de Valparaíso, Maria Yvelo-
nia (Republicanos), é uma das
que disputam por fora dos
principais quadros. Servidora
de carreira da Secretaria de
Estado da Criança do Distrito
Federal a assistente social tem
ciência da sua desvantagem,
mas acredita que seu trabalho
em torno da comunidade dá a
ela chances de disputar a elei-
ção. * Eu entendo o desafio
que terei. Mas estou com meu
nome à disposição para mos-
trar o caminho de uma reno-
vação. Sou o alguém comum,
que também tem chances e
está aqui para mostrar que to-
dos podem buscar colaborar
mais com a comunidade, des-
de que esteja preparado. A
gente precisa do apoio da co-
munidade, dos jovens, dos seg-
mentos religiosos e daqueles
que querem uma cidade me-
lhor”, aponta.
Os outros grupos tentam se
firmar como a quarta força e
derrotar o prefeito Pábio. Entre
eles, o do dentista e empresário
na área de saúde, Marcelo Sor-
riso, do PSD. Sirley Azevedo
(PSL) e o grupo do ex-prefeito, Zé
Valdécio (PTB), disputam por
fora. (Especial para O Hoje)