Doses da Coronavac vendidas em Senador Canedo foram furtadas da Secretaria de Saúde

As cerca de 24 ampolas da Coronavac que estavam sendo comercializadas em Senador Canedo foram furtadas da câmara fria da Secretaria da Saúde (SES-GO), em Goiânia. Segundo apontam as investigações, o suspeito do crime e da venda das vacinas teria subtraído os imunizantes após ir ao local para fazer a manutenção em um ar condicionado. O suspeito, que é técnico em refrigeração, foi preso na última quarta-feira (7).

Conforme explica o secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, a suspeita é de que o homem, que não teve o nome revelado, furtou as primeiras quatro ampolas na última semana. Na ocasião, ele teria sido chamado para resolver um problema de refrigeração na câmara fria da SES. As doses subtraídas foram vendidas rapidamente.

Na última terça-feira (6), houve um novo problema dentro do local e o técnico foi novamente acionado para resolvê-lo. Desta vez, ele furtou uma caixa com cerca de 20 ampolas. O crime foi descoberto quando ele tentava vender as doses em um supermercado em Senador Canedo.

Provas

De acordo com Miranda, o suspeito não confessou o crime, mas há provas suficientes que apontam o homem como autor do crime. Nos autos, há, inclusive, a assinatura do suspeito nos registros de entrada e saída do prédio da secretaria.

Sobre o valor pedido pelos imunizantes, Rodney diz que o fato ainda está sendo apurado. “Primeiro ele falou que vendeu por R$ 450, depois por R$ 50. Como ele não confessou o crime, precisamos de informações bancárias para descobrir o valor que as pessoas pagaram. Em breve teremos essa informação”, disse.

O responsável pelo crime permanece preso e vai responder por furto. As pessoas que compraram os imunizantes ilegalmente serão autuadas por receptação e crimes contra a saúde pública.

Estelionato

Segundo o titular da SSP, durante o interrogatório, o suspeito apresentou versões contraditórias e chegou a mencionar um homem que seria responsável pelo furto. “Ele disse que estava responsável apenas pelas vendas, mas a investigação apontou que os relatos eram falsos”, afirmou.

As apurações demonstraram que o homem citado pelo suspeito recebeu a oferta de parceria nas vendas, mas não teria aceitado. O indivíduo, no entanto, foi preso, pois os policiais encontraram cartões e documentos de terceiros usados na prática do crime de estelionato.

“O suspeito de furtar as doses fez um serviço na casa do suspeito de estelionato. Provavelmente ele viu os cartões e documentos e fez a proposta. Porém, o homem alega que não aceitou”, concluiu.