Aproximando-se dos 30 milhões (29.598.436) de vacinas contra a covid-19 aplicadas até às 12h deste sábado (10), o Brasil é o quinto país que mais imuniza no mundo, atrás apenas de Estados Unidos, China, Índia e Reino Unido.
Na análise dos números proporcionais, o Brasil ocupa a 57ª posição, com 13,9 doses injetadas a cada 100 habitantes, vendo a sua frente nações pequenas como Mônaco, Islândia e República Dominicana, por exemplo.
Os números foram organizados com base no Mapa de Vacinação do R7 e no Our World in Data, monitor coordenado por pesquisadores da Universidade de Oxford, do Reino Unido.
Com uma população estimada em 212 milhões de pessoas, o Brasil tem uma missão desafiadora se quiser reverter o quadro acentuado de contaminações e mortes em função da pandemia e imunizar, até julho, metade da sua população, conforme prometeu o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na passagem de bastão ao atual chefe da pasta, Marcelo Queiroga, em 17 de março.
De acordo com o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), somente nesta sexta-feira (9) foram registrados 93.317 casos da doença e 3.693 mortes em 24 horas. Desde o início da pandemia, 13.373.174 pessoas acabaram contagiadas e 348.718 perderam a vida. O número de recuperados é de 11.791.885.
Até o momento, 22.709.257 pessoas receberam a primeira dose de imunizante no Brasil, o que equivale a 10,72% da população. E 6.889.179 tomaram a segunda, portanto, 3,25% do total de habitantes do País.
A vacinação no Brasil começou em 17 de janeiro, logo após a Anvisa autorizar de forma emergencial a aplicação da CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, e a CoviShield, da Oxford/AstraZeneca/Fiocruz.
A pouca quantidade de doses, decisões políticas equivocadas e a corrida mundial por imunizantes em meio a pior pandemia dos últimos cem anos explicam a lentidão no ritmo de vacinação, afirmam especialistas.
Nesta sexta-feira, Queiroga afirmou que, em pouco mais de quatro meses, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) não precisará mais depender da importação de IFA (ingrediente farmacêutico ativo) para produzir imunizantes.
“Hoje eu vi aqui a produção do IFA nacional. Em breve, acredito que no mês de agosto, já tenhamos IFA [ingrediente farmacêutico ativo] produzido na Fiocruz. Isso representa uma conquista excepcional, a autonomia do Brasil na produção de IFA, dispensa a necessidade de importação desse insumo para que a Fiocruz possa produzir vacinas”, afirmou o ministro.
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Também nesta sexta, à noite, o recém-empossado ministro das Relações Exteriores, Carlos França, recebeu, um telefonema do titular da pasta de Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, e ambos sinalizaram reaproximação entre os países e prometeramm cooperação por mais imunizantes.
A China é o produtor do IFA tanto da CoronaVac quanto da CoviShield e teve sua demanda interna pela matéria-prima aumentada, o que vem atrasando entregas no Brasil.